A família do brasileiro Jean Charles de Menezes, 27, morto pela polícia britânica ao ser confundido com um terrorista, aguarda a liberação do corpo. O governo britânico afirma que o corpo de Jean é importante até a conclusão das investigações e não dá prazos.
Acervo pessoal |
|
Jean Charles de Menezes, morto pela polícia britânica |
A mineira Leide Menezes de Figueiredo, 17, disse esperar que o corpo do primo volte para o Brasil em até 15 dias. "Nossos primos em Londres estão resolvendo", afirma.
Alex Pereira, primo de Jean que mora em Londres, disse que pretende repatriar o corpo "o mais rápido possível".
Ontem, Vivian Menezes, que morava com Jean em Londres, se disse "indignada" e afirmou que as informações fornecidas pela polícia sobre o caso "deixam muito a desejar", apesar do apoio prestado.
"Meu primo foi vítima da incompetência, da injustiça. Ele era completamente inocente", afirmou.
Segundo familiares e amigos, o brasileiro tinha visto de residência de cinco anos.
Nesta segunda-feira, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, deve se encontrar com o colega britânico, Jack Straw, para tratar do assunto.
Segundo Amorim, o governo britânico prometeu fazer uma investigação "completa" sobre a morte do brasileiro.
"A garantia que me deram é de que haverá uma investigação plena. Não só das circunstâncias da morte [de Menezes], mas de todo o processo que levou a ela", disse.
Amorim disse que o governo britânico ainda não falou em indenização. "Acho que as investigações têm que preceder a qualquer ação deste tipo. Mas acho que a admissão do erro já deve implicar em alguma ação desse tipo", disse Amorim em referência à possível indenização.
Com agências internacionais