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Os artifícios da linguagem

Os artificialismos na linguagem

 

“Queremos textos que não queiram decifrar signos,

mas sim produzir e multiplicar linguagens.

O texto é um anagrama do corpo...”

 

O escritor francês Roland Barthes (1915-1980), autor da epígrafe acima, e de mais uma série de livros sobre a construção literária, revelou-se um escritor de profunda percepção crítica. O conjunto de sua obra apresenta um entrecruzamento de vozes universais como as de Proust e Flaubert, num exercício de análise intertextual travado no seu livro de teoria da literatura: “Novos ensaios críticos: o grau zero da escritura”; cuja leitura e análise são imprescindíveis para o estudo da linguagem.

Para Barthes “ler é desejar a obra, é pretender ser a obra”. Com isso faz uma advertência àqueles que se dedicam ao exercício da escritura: “um escritor não pode jamais prever a leitura que cada pessoa fará do que ele escreveu” e é aí que reside “O prazer do texto”. Por esse motivo há que se descortinar a literatura da nossa aldeia sob a amplidão de uma lupa crítica como essa que nos apresenta Roland Barthes, pois somente através dela é possível fazer uma leitura mais apurada do nosso universo literário.

É sabido que as barreiras endêmicas que separavam a nossa literatura das demais manifestações literárias do restante do mundo foram diminuídas graças à persistência de alguns (poucos) leitores críticos e mais ainda pela qualidade expressiva de nossos autores. Nas últimas décadas a literatura ocidental – e notadamente a do nosso país – tem passado por diversas reformulações. O surgimento de novas perspectivas literárias que se incorporaram ao modelo cultural da nossa gente (como salões, feiras e bienais de livros) contribuiu de maneira positiva para a reafirmação intelectual e a imortalidade dos nossos escritores. Essa imortalidade se deve às constantes releituras e em épocas diferentes dos clássicos e obras-primas que produziram Machado de Assis, Aluízio Azevedo, O.G. Rego de Carvalho, Permínio Asfora, Graciliano Ramos, Raquel de Queiroz, Clarice Lispector, para citar apenas alguns.

É bem verdade que esse leque de perspectivas foi responsável também pelo incremento da subliteratura; hoje, uma praga que ocupa o ranking de vendas nas poucas livrarias do nosso país e que só contribui para nos rebaixar os padrões. Mário Faustino – o poeta-crítico e o crítico-poeta –, fez uma séria e comprometida advertência: “a boa poesia eleva, aperfeiçoa a língua; a má avilta o idioma, e o mau poeta contribui para rebaixar-lhes os padrões”. No Brasil temos um exemplo vivo desse rebaixamento da língua nos livros de Paulo Coelho, que como romancista (que deseja ser) é um verdadeiro “marqueteiro”. Francisco Miguel de Moura (in: PC, ou a Arapuca da Subliteratura) afirma que é fraqueza demais num só “reescritor” lendas árabes e de auto-ajuda, daí o motivo da necessidade de esquecermos os Dan Brawn, os Sidney Sheldon, os John Grishan e tantos outros best-sellers que nem sempre compõem literatura.

Um bom escritor tem de explorar com habilidade o sentido de cada vocábulo no texto, pois a escrita não se deve sentir a fórceps. Do contrário terá ele (o pretenso escritor) de investir maciçamente em marketing como fazem os subliteratos.

A cada livro do Paulo Coelho lançado, por exemplo, há uma campanha publicitária com investimento, talvez, superior ao investimento da primeira remessa de livros vendidos. Tudo isso para permitir que venham as reedições e o sucesso. Por que Paulo Coelho está sempre retratando uma realidade distante da de sua aldeia? Por que nunca focaliza a geografia humana do nosso país? Uma coisa é certa, ele está sempre tentando trazer aquilo que os jornais trazem com maestria: notícias do mundo, mas com reflexões “cartomaníacas”. O jornal é sério, traz a notícia com veracidade (ao menos é o que se espera), enquanto o PC reinventa, e ainda de maneira artificial, com malabarismos verbais e construções chinfrins aquilo só os crédulos da subliteratura são capazes de desejar.

Para Francisco Miguel de Moura, poeta e crítico piauiense, “um escritor que se preza deve prezar também pela inteligência dos seus leitores”. Para mim, este deveria, sobretudo, desvencilhar-se dos adjetivos-obstáculos e preciosismos lingüísticos, sob pena de cair na imprecisão vocabular, pois seria no mínimo respeitoso a quem se dedica ao exercício da leitura como forma de fazer um juízo crítico do mundo.


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