Há no olhar dos visitantes uma pitada de saudade, na hora em que se preparam para deixar Teresina. Cada momento vivido em sua urbanidade deixa uma marca rara, que poucos lugares conseguem conquistar. A hospitalidade do teresinense é contagiante e faz jus ao ditado popular: quem bebe das águas do rio Parnaíba não quer mais ir embora. Um orgulho local: a arte de receber bem.
Durante muitos anos Teresina foi marcada pelo calor e pelo pouco desenvolvimento. Os seus visitantes, embalados pelas mais diversas influências, chegavam cheios de preconceitos e reservas. Quando começaram a viver a cidade, a ter contato com pessoas, a sentir o calor humano, a freqüentar o seu dia-a-dia, a observar a natureza e suas árvores frondosas em ruas, praças, avenidas e quintais caseiros, a provar a gastronomia típica ou contemporânea, a visitar o comércio e a ser atendido com gentileza é que perceberam o quanto se enganaram com o injusto estereótipo espalhado pelos quatro cantos.
Teresina costuma, por assim dizer, decepcionar os seus visitantes. Muitos acham que nada mais encontrarão além dos seus negócios pessoais. E se decepcionam consigo mesmos, porque vieram com uma imaginação preconcebida. Teresina é exatamente o contrário do que imaginavam. Na hora de partirem, levam a saudade e o desejo de um retorno breve. E assim a cidade segue cativando sem campanhas de marketing, sem alardes, silenciosamente.
Aquelas pretensiosas impressões estão se dissipando. Teresina vem conquistando admiradores por sua forma simples de receber e contagiante de conviver. A visão do visitante mudou bastante. Aqui ele encontra muitas razões para permanecer e consegue dar maior objetividade à sua visita ao encontrar facilidades, equipamentos confortáveis e preços competitivos. Diariamente, dispõe de shows, exposições de arte, lançamentos de livros, peças de teatro, cinemas, feiras, shoppings e muitas outras opções culturais para ocupar o tempo.
Mas um curioso fato não está estampado em campanhas de marketing: a hospitalidade. Aos poucos, os visitantes vêm percebendo que o povo de Teresina é hospitaleiro e sabe receber bem, não apenas os parentes ou amigos que hospeda em suas casas, mas também os que conhece na agradável convivência de seus bares, restaurantes ou movimentos culturais.
Está nas pessoas a maior virtude de Teresina, e o visitante já percebeu. A permanecer esse quadro de entusiasmo que move o teresinense, a participação da cidade na fatia do bolo turístico nordestino tende a crescer, especialmente se investidores e governantes dirigirem as suas atenções para a sua vocação natural: o turismo de negócios, de eventos e de saúde. E essa massa de turistas, que cresce a cada ano, já reconhece os encantos de Teresina e o seu calor humano – quente como convém a um povo hospitaleiro. É necessário apenas que cada um cumpra a parte que lhe compete, porque a sociedade já vem dando a sua grande contribuição, ao ajudar o rio Parnaíba a saciar a sede de seus visitantes.