Delta do Rio Parnaíba
Delta é a quarta letra do alfabeto grego, cuja maiúscula tem uma forma triangular. Ao abrir-se ao mar em forma de leque, gerando cinco “braços” dustintos, o rio Parnaíba cria a forma deltáica /\, descortinando mais de 70 ilhas e belíssimos igarapés e formando um santuário ecológico exuberante. Com 2.700 km² de área, o delta do rio Parnaíba pertence aos estados do Piauí (35% que vão da barra do rio Igaraçu à ilha das Canárias) e do Maranhão (65% que seguem das Canárias à Tutóia, passando pela Ilha do Caju).
Ao desaguar no Atlântico, o Parnaíba forma o único delta das Américas em mar aberto. O primeiro “braço” é o do rio Igaraçu, que passa pelo centro da cidade de Parnaíba até desaguar em Luís Correia, próximo ao porto marítimo. O segundo “braço” é o das Canárias, ao lado oeste da Ilha Grande de Santa Isabel. Depois vem o braço do Caju, cuja ilha, de propriedade particular, possui apoio receptivo com transporte fluvial, hospedagem em uma fazenda do século passado, alimentação à base de peixes e frutos do mar, passeios a cavalos e tour pelos lugares mais exóticos da ilha. Logo após está o “braço” da Melancieira e, finalmente, o “braço” de Tutóia, no extremo oeste.
Os passeios de barco, que partem do Porto das Barcas, em Parnaíba, ou do Porto dos Tatus, na Ilha Grande, incluem passagens pelos igarapés (caminhos formados entre pequenas ilhas), com parada para banhos de rio e passeios pelas alvíssimas dunas da região. No trajeto é possível observar-se, com alguma sorte, o macaco-prego, jacarés-de-papo-amarelo, as garças, o caranguejo-uçá e muitos outros que enriquecem a fauna local.
Descoberta
Em 1571, o navegante português Nicolau de Resende perdeu uma carga preciosa com o naufrágio de seu navio nas costas do Piauí. As suas inúmeras tentativas de resgatar a carga fez com que encontrasse um outro tesouro, bem mais rico: o delta do rio Parnaíba. Nicolau de Resende foi, portanto, o primeiro a saber da existência daquele santuário ecológico. |