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Campo Maior

Batalha do Jenipapo
Durante 5 horas (de 9h00 às 14h00), no dia 13 de março de 1823, pelo menos 2 mil camponeses, vaqueiros e sertanejos lutaram contra o comandante português João José da Cunha Fidié, para expulsar as suas tropas e garantir a independência do Brasil. A batalha ocorreu às margens do riacho Jenipapo, a 5 km do centro de Campo Maior, e os heróis piauienses foram aniquilados numa luta desigual com suas espingardas de caça, pistolas, foices e lanças, contra a tática de Fidié.
 
Na saída norte de Campo Maior existe um monumento em homenagem aos que lutaram na batalha. Por trás do monumento há um covão onde estão enterrados muitos combatentes, e espalhadas na área estão várias sepulturas onde outrora moradores enterraram parentes, utilizando a região da batalha como cemitério.
 
Na parte interna do monumento, diversas placas de aço contam a história da batalha. A seguir, conheça o texto integral.
 
Antecedentes
 I - Em abril de 1821, D. João VI deixava o Rio de Janeiro e regressava a Portugal. Os negócios do país ficaram com o filho, príncipe D. Pedro.
 
II - Já em abril de 1822, em Oeiras, o brigadeiro Manuel de Sousa Martins abraçava a causa separatista entre Brasil e Portugal. Campanha surda. Conspirava-se nas fazendas, por toda parte. Sucederam-se os pasquins, em Oeiras, Campo Maior e Parnaíba, instigando o povo contra os portugueses.
 
III - Dia 8 de agosto de 1822, chega a Oeiras o sargento-mor João José da Cunha Fidié, Comandante das Armas. Empossou-se no dia seguinte para escrever uma das maiores páginas da nossa História.
 
IV - Em Parnaíba, a campanha separatista era comandada por Simplício Dias da Silva.
 
V - Em Campo Maior, estava à frente da campanha Lourenço de Araújo Barbosa, logo chamado a Oeiras.
 
VI - Em 30 de setembro de 1822, chegou ao Piauí a notícia do Grito do Ipiranga.
 
VII - A 19 de outubro de 1822, foi proclamada, em Parnaíba, a independência do Piauí, por Simplício Dias da Silva, João Cândido de Deus e Silva, Domingos Dias, José Ferreira Meireles, Bernardo Antônio Saraiva, Ângelo da Costa Rosal, Bernardo de Freitas Caldas e Joaquim Timóteo de Brito.
 
VIII - Fidié segue para Campo Maior, onde pretendia estabelecer o centro das operações, e sufocar o movimento independente de Parnaíba.
 
IX - Viagem penosa a do Comandante português. Não havia chuvas. Nada se prestava à alimentação do gado. Seca desoladora. De árvore a carnaubeira. Esse o cenário que a tropa de Fidié encontrava na longa caminhada. Depois de léguas e léguas - uma casinha, de que fugiam para os matos os habitantes. Os soldados saqueavam essas habitações e deixavam-nas em miseráveis condições. Rios esgotados. Não havia água. A 25 de novembro de 1822, Fidié avisa a cidade de Campo Maior.
 
X - O Comandante português delibera seguir para Parnaíba. Sabedores do fato, os cabeças do movimento independente deixam a cidade e rumam para o Ceará. Fidié chega a Parnaíba no dia dezoito de dezembro de 1822.
 
XI - Dia 24 de janeiro de 1823, o Brigadeiro Manuel de Sousa Martins proclama a independência do Piauí em Oeiras.
 
XII - Chegam ao Piauí forças do Ceará. Duas divisões. Uma comandada pelo Capitão José Francisco de Sousa; a outra pelo Capitão de linha Luís Rodrigues Chaves. Esta última entrou em Campo Maior no dia 12 de fevereiro de 1823 (cem homens). A outra ficaria em Piracuruca. A divisão de Campo Maior possuía armamento quase imprestável, sem munição nem petrechos bélicos. Reinava em Campo Maior absoluto desrespeito à vida e à propriedade. Roubavam-se os bens dos portugueses. Em Piracuruca, desertaram quase todos os soldados de José Francisco de Sousa. Reuniram-se aos índios e atacavam e roubavam sertanejos.
 
XIII - Em Parnaíba, Fidié tivera tempo bastante para disciplinar a sua tropa e receber material bélico do Maranhão.
 
XIV - Começam a desertar os soldados da divisão cearense de Campo Maior. A seca chegara ao período mais agudo. Saqueavam-se igrejas. O Comandante da divisão de Piracuruca deu parte de doente e foi embora. Houve deserção total.
 
XV - Não chegava o auxílio que se prometeu, do Ceará, aos homens que se encontravam em Campo Maior.
 
XVI - Dia 10-03-1823, com mais de mil homens, Fidié marcha rumo de Piracuruca. Entrou sem disparar um tiro. Continuava seca terrível.
 
XVII - Leonardo de Carvalho Castelo Branco esteve em Campo Maior e aquartelou-se na fazenda Melancias. Foi preso e remetido para Lisboa.
 
XVIII - A prisão exacerbou ânimos. Fidié aproximava-se de Campo Maior. Depois de abandonar Piracuruca, o Capitão João da Costa Alecrim aquartelou-se no Estanhado (União). Luís Rodrigues Chaves, por intermédio de emissário, com ele entrou em entendimento. Reuniram-se a Alecrim o baiano Salvador Cardoso de Oliveira e seu irmão Pedro Francisco Martins.
 
XIX - Alecrim segue para Campo Maior com a tropa de Salvador. Marcha cansativa. A Campo Maior chega também o Capitão Alexandre Nery Pereira Nereu, com soldados do Ceará.
 
XX - Luís Rodrigues Chaves convocou o povo. Do vaqueiro ao roceiro todos se apresentaram. Perto de dois mil homens, formados frente à igreja de Santo Antônio.
 
XXI - Poucas espingardas com os cearenses. Os piauiense conduziam velhas espadas, facões, machados e foices.
A batalha
 
XXII - Dia 13-3-1823. A tropa, cedo, seguiu para o Rio Jenipapo, que, forçosamente, seria atravessado por Fidié. Terreno plano. Junto às margens do rio, arbustos. Os brasileiros ocultaram-se no leito seco do rio e muitos nos arbustos das ribanceiras. Nas proximidades da margem direita, a estrada repartia-se em duas: Alecrim e Chaves guardariam ambas. Mas no ponto de bifurcação, Fidié dividiu as forças em duas alas. Uma, da cavalaria, seguiu pela estrada da direita; a outra, da artilharia, comandada por Fidié, seguiu pela esquerda.
 
XXIII - Primeiro encontro com a cavalaria, fortemente repelido pelos cearenses. Os portugueses retrocederam e fugiram. Os brasileiros passaram a examinar se deviam perseguir a cavalaria portuguesa. Enquanto isto, Fidié passou o Jenipapo, escolheu lugar, dispôs as tropas. Esperou o ataque. Os brasileiros partiram precipitadamente e foram alvejados com onze peças de artilharia. Desigualdade de forças.
 
XXIV - O recurso era atacar os portugueses ao mesmo tempo por todos os lados e separá-los. Houve tentativa, logo repelida. Outra. Também repelida. Outros ataques com grande perda de vidas. A fuzilaria e as peças varriam o campo. Muitos morriam à boca das peças. Dominou-os o cansaço. As armas caíam-lhes das mãos. Não combatiam mais. Buscavam a morte.
 
XXV - O combate durou das nove da manhã às duas da tarde. As duas horas começou a retirada, em desordem. Não estava Fidié em condições de perseguir os fugitivos depois de cinco horas de combate, sob sol ardente.
 
XXVI - Não se sabe o número de mortos de Fidié. Os seus soldados foram reunidos em cinco sepulturas. Calcula-se em dezesseis os mortos. Sessenta feridos. Mais de quinhentos brasileiros aprisionados. E mais de duzentos, entre mortos e feridos.
 
XXVII - Fidié tratou de abandonar o campo de luta. Era necessário ocupar Campo Maior. E Fidié para isto se preparava quando o avisaram de ter sido tomada parte de sua bagagem de guerra: munições, armas, dinheiro e os despojos de Parnaíba. Era loucura marchar contra Oeiras. Ficou Fidié a uns dois quilômetros de Campo Maior.
 
XXVIII - Começam tropelias em Campo Maior. Vários portugueses foram assassinados. Dia 16 de março, Fidié seguiu para o Estanhado (União). Daí para Caxias.
 
XXIX - Dia 25 de março, chegaram ao Mocha (Oeiras) os homens de Alecrim, Salvador Rodrigues Chaves e Pedro Martins.
 
Conclusão
A luta no Piauí decidiria a unidade brasileira. A iniciativa coube ao Coronel Simplício Dias da Silva, rico e viajado. Sobre os destroços da sua riqueza, edifica-se a unidade da pátria. A obra de Simplício foi gigantesca. O Norte era autêntico satélite de Portugal. No Sul, a Independência foi aplauso e festa. No norte, fome e peste, sangue e morticínio. Jenipapo foi o retrato da bravura de um povo em luta pela sua liberdade.




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