Em 1755, o rei da Polônia, sogro de Luis XV, encontrava-se em Paris e justo na noite que o rei desejava uma sobremesa para acompanhar seu café, o confeiteiro real abandonara o posto. Pediram então à auxiliar para improvisar alguma guloseima que satisfizesse o paladar real. Ela preparou uma receita de bolinhas aromatizados de sua avó e assou na concha de uma vieira., aqueceu-os no forno e mandou-os para sua alteza. Encantado com o perfume e sabor da novidade, o rei da Polônia os batizou com o nome de sua criadora: Madeleine Paumier.
Um século depois, Marcel Proust, “Em busca do Tempo Perdido” tornou as madeleines famosas, ao citá-las como ponto de partida da experiência psicológica que inspirou sua obra-prima. Foi então creditada a autoria desses bolinhos dices, de superfície estriada e formato de concha de vieira, ao confeiteiro Jean Avise, do século XIX, que trabalhava para o príncipe Talleyrand, ministro de Napoleão Bonaparte e também a Antonin Carême, da mesma época, mago da cozinha francesa.