Aves rústicas e resistentes, as galinhas-d’angola (conhecidas como "capote" no Piauí) são fáceis de criar mas não são boas chocadeiras. Sua carne é comparada à do faisão
A GALINHA-D'ANGOLA, nativa da África, também é conhecida no Brasil como galinhola, angolinha, pintada ou guiné e capote no Piauí.
Apesar de estar domesticada há bastante tempo - foi trazida da África na época da escravidão -, a galinha-d'angola preserva ainda alguns de seus hábitos selvagens. Anda em bandos e é muito barulhenta: seu grito "tô-fraco" é inconfundível. Por isso, uma de suas utilidades é como guarda: quando percebe a presença de estranhos ou qualquer anormalidade, põe-se a gritar. É criada como ave ornamental e como produtora de carne e ovos. Sua carne tem consistência firme e é muito saborosa, sendo comparada à do faisão. Na culinária francesa é a famosa pintade, ingrediente de pratos sofisticados. Também colabora com o equilíbrio biológico, pois devora lagartas, formigas e carrapatos.
Em relação às características físicas, encontram-se três tipos. A mais comum é a pedrês - cinza com bolinhas brancas. Existem ainda as inteiramente brancas e também a pampa, resultado do cruzamento das primeiras. Com cerca de três meses, o macho já apresenta uma crista pronunciada para a frente, como um chifre; na fêmea, essa crista é mais arredondada.
Texto Maria Cristina Frota