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Copa da FIFA 2014. Uma enganação só.

Futebol para o Brasil é uma questão de sobrevivência. Essa modalidade esportiva está para o brasileiro assim como a mamadeira está para o recém nascido. De tão desmedida, a paixão pela redonda gera discussões acaloradas e dúvidas que jamais desaparecem. O impedimento, por exemplo. E quando o assunto é a Copa do Mundo, então, ninguém se salva. A população em geral, os intelectuais e o governo, todos entram em alfa. A diferença entre o resto da população e o governo é de postura. Enquanto a população se derrama em histeria, palpites e tudo mais que esse esporte provoca nas pessoas, o governo se esmera na carga de enganação para justificar a presença da Copa e a dinheirama a ser investida no evento.

 

A Copa 2014 da FIFA é um evento que tem a duração de 30 dias. Logo nos primeiros 15 dias, a metade dos países participantes é desclassificada e arruma as malas. Na seqüência de derrotas e desclassificações, o evento vai se esvaziando até chegar às semifinais e à final. Nessa fase, o torcedor derrotado perde o interesse pelo evento e vai arrumando os panos.

 

O estado da Bahia tem apenas dois times de destaque, o Bahia e o Vitória. Ambos de baixa qualidade técnica, mas donos de torcidas apaixonadas. E a cidade do Salvador dispõe de dois estádios, um dos quais de propriedade do Esporte Clube Vitória, em condições de funcionamento muito boas. O outro, o estádio Pituaçu, é de propriedade do Governo, foi reconstruído há três anos, cuja qualidade é excelente. Ambos à beira da ociosidade.

 

Em razão desse cenário futebolístico, a imprensa perguntou a certo Secretário do governo baiano se este seria o momento de sediar dois ou três jogos de uma Copa do Mundo, tendo que construir outro estádio que custará R$ 1,2 bilhão? Não ficará ocioso esse equipamento, como ocorreu na África do Sul, cujo governo ameaçou demolir uma dos seus estádios por falta de uso e elevado custo de manutenção? Ato contínuo, o Secretário respondeu que a nova arena irá hospedar 12 eventos esportivos ao longo do ano, razão pela qual não haverá risco de ociosidade. Além de não explicitar quais os 12 eventos, argumentou também que a arrecadação do IPTU no entorno do estádio iria crescer. Resposta tão infantil, quanto hilariante.

 

A realidade de outros estados que irão sediar jogos da copa, como Amazonas, Mato Grosso do Sul e o Rio Grande do Norte não difere do descalabro baiano. Além de um futebol medíocre, quase desconhecido Brasil afora, é gritante nessa região a falta de políticas públicas prioritárias voltadas para saúde, educação, segurança e infra estrutura urbana.

 

Simon Kuper, jornalista do Financial Times, no seu livro Soccernomics explica que os países lucram muito pouco com a Copa do Mundo, e escreveu: O estímulo econômico prometido pela FIFA não se concretiza. O presidente da Confederação Brasileira do Convention & Visitors Bureau - CBCVB -, João Luiz Moreira, concordando com o jornalista Simon Kuper, afirma que o aumento do gasto médio no turismo, por exemplo, não existe. O presidente da CBCVB está correto. No meu entender, o gasto diário do turista é resultante de uma oferta de lazer e entretenimento atrativa e diversificada, dois setores muito carentes nos estados mencionados. Para o presidente da CBCVB, o lucro está concentrado na FIFA e nas suas empresas que administram o negócio Copa, como ingressos, hospedagem, patrocínios, etc.

 

Enquanto isso, os pseudo analistas da economia esportiva consideram a realização de dois ou três jogos em cada estado um fator de redenção das economias locais. Como se o desenvolvimento de estados pobres dependesse de um evento futebolístico fugaz, com duração de 15 dias, e não de estratégias governamentais de longo prazo.

 

Se não bastasse tudo isso, considero também uma dose exacerbada de colonialismo quando o governo dedica ao turista os investimentos em mobilidade urbana, segurança, infra estrutura urbana, melhoria e ampliação de aeroportos, etc. Há uns oito anos, por exemplo, o aeroporto de Salvador já não atendia ao crescimento da demanda de passageiros, independentemente da Copa de 2014.

 

E nós, cara pálida, moradores permanentes dessa taba, merecemos ou não qualidade de vida?

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