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"O meu herói é negão e usa toga"

Está na Internet um artigo sobre o Ministro do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, intitulado Este não precisou da esmola das cotas. Numa foto, ele aparece em pé, de costas, usando a costumeira toga. Na legenda da foto, está escrito: Batman é para os fracos. O meu herói é negão, usa toga preta e está em Brasília lutando contra os maiores vilões da história do Brasil.

 

O jovem Joaquim, negro e filho de um modesto pedreiro, sabia do futuro que lhe aguardava caso não trilhasse a educação formal. Ex faxineiro do TRE de Brasília, dividia o tempo entre os estudos e a faxina. Formou-se em Direito pela UNB e passou nos concursos para Oficial da Chancelaria, Advogado do Serviço Federal, Procurador da República e Professor da Universidade do Rio de Janeiro. Não contente, tocava piano e violino já aos os 16 anos. Atualmente, na condição de Ministro do Supremo Tribunal Federal, daqui a alguns meses substituirá o colega Ayres Brito na Presidência da mais alta corte do país.

 

O ministro Joaquim Barbosa foi designado Relator do Mensalão, uma gatunagem governamental considerada pelo Procurador Geral da República, Roberto Gurgel, como o maior e mais sofisticado esquema de corrupção já visto no país. Após a sugestão de fatiar o julgamento, houve um início de estranhamento entre o Relator Joaquim Barbosa e seu desafeto Lewandowski, com possibilidade de réplica e tréplica. Nessa hora, o país inteiro teve a sensação de que Joaquim Barbosa e outros ministros do mesmo naipe ético teriam que botar a faca entre os dentes pra fazer valer essa tática de julgamento. Prevaleceu, enfim, o fatiamento e o ministro Lewandowski ficou exposto ao sereno.

 

Segundo o pensamento jurídico de um jovem advogado da nova geração, Dr. Mhercio Monteiro, a tática do "fatiamento" serviu a várias razões, entre as quais ter possibilitado o voto do ministro Cezar Peluso, além de ter revelado fatos concatenados que tornaram evidente a existência de uma organização criminosa. Ciente do fator paradigmático do caso, a tática do fatiamento manterá a sociedade atenta e acessível ao debate, de modo que uma condenação ou absolvição será mais compreendida pela população, diz o jovem advogado. Finalizando, Dr. Mhercio está convencido de que o julgamento fatiado facilita a vigilância da mídia, expondo os Ministros à pressão popular constante.

 

O Ministro Relator, elegante e discreto como um príncipe senegalês, com base nos autos do Ministério Público e no resultado das investigações da Polícia Federal, liderou a fila das condenações nos itens Formação de Quadrilha, Peculato, Corrupção Passiva e Desvio de Recursos Públicos, deixando possíveis dissidentes de saia justa. Tornou-se visível o isolamento dos ministros Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli, ambos certamente já pensando em mudar o voto de absolvição do deputado João Paulo. Na seqüência do julgamento, foi a vez de três dos quatro ex diretores do Banco Rural - condenados por Gestão Fraudulenta.

 

O ministro Joaquim Barbosa, na condição de futuro presidente do Supremo, já agendou uma audiência com a presidente Dilma, com a qual falará sobre os perigos na indicação de ministros pelo Poder Executivo. Ele vai sugerir que um Órgão Colegiado seja responsável pela indicação de 10 juristas renomados para, em caso de vacância, substituírem ministros. O Poder Judiciário será fortalecido e terá assegurada a sua autonomia, disse o ministro Joaquim. Esse assunto já está na mídia. Se Dilma Rousseff não concordar, vai ser olhada de soslaio.

 

Creio que o STF, liderado pelo ministro Joaquim Barbosa na presidência, dará um choque de credibilidade ao Poder Judiciário, fato que vai contribuir para o fortalecimento da nossa debutante democracia. De quebra, poderá reduzir o preconceito racial no Brasil.

 

No final do ano, após a conclusão do julgamento dos mensaleiros, acreditaremos mais no Brasil, desde que os vilões sejam condenados. Até lá, o país estará com a respiração suspensa.


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