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O sangramento do malandro e a cumplicidade da Caverna

O roteiro cinematográfico percorrido por uma autoridade que se torna alvo de denúncias é rigorosamente igual aos demais em igual situação. A seqüência das cenas independe da causa e do calibre das acusações. O que altera é a capacidade de simulação de um em contraponto ao cinismo do outro. O que difere uns dos outros é a teatralidade, a capacidade de verbalização política. A contra-ofensiva do malandro é sempre igual à dos demais, isso porque todos eles desenvolvem o raciocínio lógico da enganação.
 
Cena nº. 1 
Nos primeiros dias que se seguem às denúncias, o malandro bota a faca entre os dentes, estufa o peito e engrossa a voz. Lembro que, no início da crise no Ministério dos Transportes, o sabidório disse à imprensa em alto e bom som: “Estou mais forte do que uma rocha”. Quinze dias depois, foi parar no Valle de los Caídos. E a história vai se repetindo na fase inicial: tentam desqualificar as denúncias, argumentam que se trata de perseguição política e acusam a oposição de querer angariar palanque político.
 
Cena nº. 2 
Na medida em que a imprensa insiste nas denúncias, ele é convidado a comparecer na Comissão de Ética da Câmara, em que pese o esforço do Governo para impedir. Fala da sua honra no proceder, relembra que foi preso e torturado pelo regime de 64, assume, de pé junto, sua inocência, e alega falta de provas. Arremata dizendo que “a verdade dos fatos irá prevalecer sobre a calúnia”. Nessa fase, o tom de voz é enérgico.
 
Cena nº. 3 
Vez por outra, a depender de interesses também escusos, o Palácio do Planalto, ou melhor, a Caverna de Ali Babá faz defesas ambíguas e vagas enaltecendo a lisura do colaborador, mesmo sabendo que o meliante foi formado na mesma linha de montagem de Sarney, Renan, Jader, Pedro Novaes, Arruda, Patrícia Roriz e outros amigos do alheio.
 
Cena nº. 4 
Em mais uma entrevista à televisão, ele já não é tão enfático e reafirma desconhecer qualquer irregularidade nas contas do seu Ministério, ou seja, “pode até haver, mas eu não tenho nada a ver com isso”. Diz que vai autorizar a quebra do sigilo bancário como prova da sua imaculada gestão à frente do Ministério. Continua se vangloriando de que as provas não existem e condena a aposição a arder no fogo do inferno. A voz já perde força.
 
Cena nº. 5 
Diante do surgimento de provas mais contundentes, com o STF declarando que o caso requer a abertura de inquérito, o indivíduo começa a apresentar sinais de fragilidade. Acuado, com a voz tímida e olhar vacilante, ele declara que o ato de nomear e exonerar é de competência exclusiva da Presidência da República. Nessa hora, ele já sabe que vão jogar bosta na Geni.
 
Cena nº. 6 
Passados uns quinze dias do início das denúncias, período em que o marginal sangrou no epicentro da crise sem que fosse capaz de criar uma plataforma de credibilidade em torno de si mesmo, ele redige uma carta à Presidência da República. Na seqüência, o Governo publica o decreto no Diário Oficial: “Exonerar, a pedido, Fulano de Tal, do cargo de Ministro...”. Simultaneamente, é nomeado o substituto que permanecerá no cargo sabe Deus até quando e com quantos maços de dinheiro embaixo do colchão.
 
Cena nº. 7 
Dia seguinte à exoneração, depois de limpar as gavetas, ele sai do Ministério cabisbaixo, já sem amigos ao seu redor. Declara à imprensa que a Presidenta aceitou o pedido de afastamento do cargo quando ele argumentou que sua atitude facilitaria o curso das investigações. Finaliza dizendo que, mas dias, menos dias, sua honra estará restaurada.
Só não falou se vai ou não devolver nosso dinheiro. Certamente, o PT, o PMDB, o PR ou o PC do Bolso sabem que não.
FIM

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